terça-feira, 28 de janeiro de 2014

9º Desafio - Cintia Yuri Nishida

Algo muito bom desses desafios: Estou reencontrando pessoas com quem não falo há muito tempo, e estão vindo com ótimas sugestões. No caso da Cintia, que me deu duas aliás, e que vou escrever a outra daqui a algum tempo, foi o caso de Memórias Herdadas. Precisei quebrar a cabeça um pouco pra pensar em como poderia falar disso. Daí me veio a ideia de um diálogo, e é o que temos aqui! Espero que ela goste da adaptação que fiz da ideia dela e prometo que vou me esforçar ainda mais para a próxima que virá!

Um Toque Aqui, Um Retoque Ali

- Ele vai ser médico.
- Não acho que seja uma boa ideia...
- Claro que é! Imagine: Doutor A...
- E se ele descobrir o que fizemos?
- Que nada, é só não deixar que ele estude sobre o assunto.
- É? E como vamos fazer isso, gênio?
- Hum...  Já sei! Um trauma!
- Como assim?
- Simples. Implantamos uma memória traumática, algo que ele nunca consiga esquecer e que vai impedir que ele queira saber mais sobre o assunto.
- Interessante. A morte de algum parente ou uma conversa que o mudará para sempre?
- Sim, sim. Isso mesmo!
- E se isso fizer com que ele nunca faça Medicina?
- Não tinha pensado nisso. Que tal contador então?
- Altas taxas de suicídio. Desnecessário para o projeto. Mas poderia ser policial.
- Seria irônico se ele nos prendesse no futuro.
- Só se alguém fizer outra besteira.
- Ei! E o senhor é o Doutor Perfeito?
- Ele só está aqui porque VOCÊ esqueceu de deixar a boca fechada.
- Isso, ponha a culpa no cara que estava fazendo sala enquanto VOCÊ limpava a bagunça que fez aqui dentro. Falei que mexer no cérebro de um cavalo não era uma boa ideia!
- Mais alguns ajustes e ele teria aprendido a usar aquelas asas que implantei... Ora bolas...
- E o que fazemos com ISTO aqui?
- Boa pergunta. Parece meio... Bobo não é?
- Bobo? Quem é você, uma adolescente apaixonada? Isto aqui é ridículo! Completamente inútil. Vou cortar fora.
- Espere! E se ele quiser aprender a...
- Não vai. Simples. Agora me passe uma dose de Feconaflexissotan.
- Você não vai...
- Ah, vou...
- Ele pode ficar impotente!
- Bobagem. Usei semana passada no Paciente B e ele ficou muito bem.
- O Paciente B é uma mulher, seu pateta! Agora confunde os gêneros?
- Isso explica muita coisa...
- Como você se formou, mesmo?
- Cala a boca! E você que ficou dois anos paquerando a Paciente G antes de se tocar que não poderia procriar com um gorila?
- Mentira! Calúnia! Ultraje! Eu... Eu... Só estava sendo gentil com ela! É uma gorila muito complexada, viu?
- Claro, claro. Ela deve ter ficado decepcionada com o tamanho da sua banana.
*CRASH!*
- Mas... O que é isso? Viu o que você fez? Agora ele... Ele... Não é que ficou mais atraente?
- Você acha?
- É, veja aqui, a monocelha se dividiu... E o lábio parece até mais carnudo...
- Desde quando você nota essas coisas?
- A Paciente M trouxe uma revista de garotas com ela anteontem. Fiquei sem o que ler no banheiro...
- Certo... Bom, desculpe a cadeirada, temos que nos focar no assunto.
- Sim, vamos só suturar aqui e ali, dar uma corrigida e quem sabe ele não possa até ser um ator.
- Ainda acho que ele seria um ótimo policial.
- Bom, ele pode fazer filmes policiais e de ação. Não precisa muita coisa pra atuar nesse ramo mesmo.
- Pronto, está fechado!
- Hum... O que é aquilo?
- Ah, droga! Sabia que tinhamos esquecido de algo! Bem, deixa pra lá... Quem precisa saber qual é a raiz quadrada de 144 mesmo...

2 comentários:

  1. Adorei como você conseguiu resolver meu tema :)
    Aliás, já li quase todos do desafio (menos o de Frozen, pois ainda não assisti XP) e você tem estilo de escrito que me agrada muito, bem fluido e sempre com um toque de humor.
    ;)

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    1. Bom que gostou. Sim, eu gosto muito de incluir humor nos meus textos. Se está te agradando fico bem feliz.

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