terça-feira, 23 de junho de 2015

Lembranças de um antigo escritor

Ah, eu sou relapso, ah sou! Eu devo ter uma penca de textos pela metade em várias pastas do meu computador, e também umas tantas outras ideias anotadas em cadernos que nunca vou tirar do papel. O que se salva acaba aparecendo aqui ou indo parar no notebook dos meus e minhas amantes por aí que pedem contos especiais. Adoro todos vocês por escravizarem minha cabeça e... ah, caraca, acabei de lembrar de mais uns três ou quatro pendentes. Um minuto pra eu me acertar com meu teclado enquanto tento tirar isso ainda essa semana da minha cabeça.

E falando nisso... meu conto Tique-Taque finalmente está em mãos! IEI! \o/ Lançado como parte de uma antologia de terror, Legado de Sangue, hoje de manhã surpreendi meu carteiro deixando na frente de casa uma caixa lotada de exemplares. Bem, não são tantos assim, mãs... é bom ter aqui algo que acompanhei tão ansiosamente. E tenho pra vender! Quem quiser prestigiar o que eu e outros autores muito melhores escrevemos, pode pegar um comigo, por apenas 25 dilmas! (vulgo R$25,00) Vai por mim, com tanto conto e mais de 300 páginas, tá barato, tá barato.

Enfim, o que trago hoje não é uma besteira qualquer, é besteira das grandes. Eu falei que sou relapso né? Então, mexendo nas coisas que estou separando pra me mudar (sim, de novo), encontrei umas folhas amassadas de textos antigos. Alguns de verdade. Outros não. Eu separei o que prestava e o que não joguei fora. E aí vi que tinha uma porrada de poesia e músicas que escrevi e... não vou julgar, deixarei isso pra vocês. É melhor que me digam o que realmente acham e não sejam influenciados pelo que estou pensando.Vou deixar umas aqui hoje e outro dia volto com mais.
Sem delongas...

Declaração de Guerra

Eu sou fraco
Pois com apenas um toque
De sua pele na minha
Já me derreti por você
Eu sou forte
Pois mesmo tentado pelo luar
Que banhou sua pele lisa e alva
Ainda me contive por você
Eu sou prisioneiro
De um encanto ancestral
Um lamuriar eterno
Que me tornou o seu carma
Eu sou teu
Servo, Escravo, Leal Sancho
Que te entrega carne e alma
Para que possas viver
Eu sou fraco, forte, prisioneiro teu
Bravo, alvo, curioso de você
Perdido nas tuas lágrimas
Fazendo você sorrir e viver

Terra de Sombras

É tão frio aqui
O mar é tão escuro
Já não tenho pra onde ir
Estou em cima do muro
Talvez o amanhã chegue
E não precisemos correr
Não sei o que vem por aí
Já não posso prever

Nessa terra de sombras
O sol não aparece
Neste lugar mórbido
Só você me aquece

O tempo desistiu da gente
Não temos nada pra fazer
É um lugar sem emoção
E talvez sem paixão
A esperança no futuro
É só você
Que você torne tudo seguro
Com seu jeito de ser

Um Fim

Cada fragmento do teu sorriso
Espalhado pelo chão de xadrez
O médico disse que é o que eu preciso
Quando nos encontramos daquela vez
Minha vida dedicada ao trabalho
Nunca mais voltarei a ter
As horas que gastei ao acaso
Eu queria passar com você
Agora morto não poderei mais
Viver a vida que imaginei
Perdi a chance de estar em paz
Não foi como eu pensei, não