terça-feira, 3 de janeiro de 2017

2016

É engraçado, eu tenho muita dificuldade de lembrar do ano que passou, conseguir mensurar quando começou e quanto tempo passou. Se me dissessem que tivemos 365 dias de 2016, eu provavelmente calcularia por diversos dias que correram e que em algum momento percebi serem espaçados. No geral eu tive um ano muito conturbado e aqui vão alguns porquês:
— Descobri vários motivos para não gostar de algumas pessoas, realmente várias delas mentiram pra mim e isso não foi legal. As pessoas normalmente não pensam nisso mas... eu descubro, gente, eu sou inteligente e sei perceber sinais.
— Também descobri várias coisas sobre mim, o que foi perturbador. É muito chato quando você senta e para pra pensar nas coisas que fez e que ainda faz e que talvez não sejam tão boas. Mais do que em 2015, quando já tinha passado por um rehab, 2016 me golpeou monstruosamente no estômago e por isso peço desculpas a várias pessoas.
— Morreu gente. Não mais do que morre todos os anos, mas eu senti alguns impactos. Pessoas que parei e percebi "Nossa, nunca mais verei..." e nesse sentido tenho perdido algumas pessoas nos últimos anos que... bom... são pessoas próximas. E doeu, como doeu... aliás...
— 2014 foi minha Tia Irma. Em 2015 minha Vó Maria. Eu agora moro na casa que elas moravam, e 2016 foi um ano de provação para ver quanto eu aguentava sem ouvir a voz delas, suas risadas, suas mancadas, o que elas me aconselhavam, mesmo que não fosse tão bom. Acho que só a Ann e mais umas duas pessoas já me viram desmanchar por causa delas... eu virei poeira, basicamente. Poeira quase lama, já que minhas lágrimas correram como rios... eu sei que muita gente sabe como é isso, mas deixem-me ter minha dor particular sim?
— Pra fechar, 2016 também me testou em quanto eu aguento com minha loja. Aqui admitir um mea culpa: eu não tenho formação de Administrador e não faço ideia de como ser um bom gerente. Sou um vendedor, eu me dedico a dar o melhor produto para os meus clientes, fazê-los sorrir, ficarem satisfeitos. Mas não foi o suficiente. 2016 foi um ano em que a política brasileira se jogou como o Anderson Silva no UFC: entrou batendo, achando que tava com tudo e levou MUITA porrada. O resultado é que nossa economia levou um baque tão grande que as pessoas pararam de gastar, e com isso os hobbies, como os que vendo, deram uma baita diminuída. Eu tive que cortar despesas, tive que investir menos. Tive que abrir mão de algumas coisas.
Isso vai mudar em 2017. Tudo isso, mas devagar. Por isso quero só levantar 3 coisas de 2016 que vou levar pra este ano pra fazer isso girar:
— Eu fui honesto, honesto de verdade com a Ann. Contei pra ela coisas que estavam no meu coração me machucando, e sei que a machucaram também. Abri tudo que podia pra que ela me entendesse e percebi como amo essa mulher. Isso não é da boca pra fora. É algo gigante, que não posso medir. Por mais que brinque com isso.
— Eu aprendi uma palavra realmente importante: Empatia. Você não gosta de algo que alguém te faz? Diga. Ouviu que alguém tá incomodado? Obedeça. Não acredita em algo ou acha que é besteira? Respeite. Tem uma opinião para dar, mas ela pode machucar? Tenha paciência. Eu mesmo sou bem grosseiro de vez em quando e ditador, mas quero ouvir mais, ensinar mais, aprender mais.
— Finalmente, quero que as pessoas se amem. Mesmo que nem sempre seja bom pra mim, quero que elas encontrem a felicidade. E nesse sentido vou me esforçar pelo amor alheio. Quero anos que venham com muita paixão, muita tranquilidade, muita... união.
Quero fazer do meu mundo melhor. Conto com vocês.