sexta-feira, 22 de março de 2013

Na Madrugada

Ás vezes eu simplesmente paro, fico diante do PC ou notebook, e começo a digitar uma frase, um parágrafo, um refrão, sai uma música ou uma poesia... E esta que trago hoje foi bolada em um passado não muito distante, em um momento que fiquei sozinho na sala de um apartamento em Jurerê e me peguei pensando na vida... É, eu sei, parece bobeira, mas o resultado foi tão legal que salvei. Aqui está então...

Fora de Compasso

Penso, descompasso, insignificante tentação
Cai a roda do mundo, insistente rotação
Crime isolado, carente mutação
Todos os três em importante reunião
Só sua vida descompromissada
Se joga na ciranda
Vira, roda, muda
Mas não fica muda
Fala, cala, consente
Dobra em si, descontente
Vaia do cego perdida no espaço
Rouba a cena fugindo do passo
Lava a cara culpada do palhaço
Manda tudo voando pro buraco
Volta a si, caindo aos pedaços
Joga na terra o seu embaraço
Voltemos então ao nosso compasso
Se joga na ciranda
Vira, roda, muda
Não seja completamente burra
Haja, ria, contente
Volte a si, sorridente
Temos tanto para perder
Eu, tu, eles, você
Devo, não nego, pago quando tiver
Mas não minto por querer
Sou quem sou, não poderia ser ninguém
Roubo a cena pra fugir de alguém
Mato todos por outrém
Volto a mim, sem porém
Me jogo na ciranda,
Viro, rodo, mudo
Sou isso tudo
Faço, cresço, apareço
Volto a mim, infelizmente
Penso, descompasso, infinita inspiração

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