Ás vezes eu acabo me pegando naquela vontade enorme de escrever algo bem, mas bem quente, de causar tesão instantâneo. Nessas situações eu normalmente apelo para a poesia, mas também peço à pessoas próximas que me indiquem algo que gostariam de ler. Mais do que me provocar, gosto de provocar aos outros, de tentar estimular exatamente aquilo que a pessoa quer ler, e quão mais complexo for o pedido, mais divertido ele pode se tornar. Bem... hoje eu trago DOIS contos, um é este que fui desafiado por uma amiga muito próxima, e que queria uma narração um tanto... diferente... com vocês...
Nota a nota até aprender
Quando pedi a Yuri uma aula de piano não imaginei que teria
tanto trabalho pela frente. Sabia já de seu perfeccionismo e do afinco com que
encarava um trabalho, mas pensei que ele soubesse que ambos estávamos apenas
nos divertindo. Eu pelo menos queria estar. Foi um desastre completo, ele não
conseguiu se segurar em me repreender sempre que errava até que perdi a
paciência e saí sem falar mais nada. Passei a semana seguinte evitando suas
ligações té que recebi uma mensagem que só dizia:
“Mais uma chance. Por favor. Prometo que vai gostar”
Bufei um monte quando li aquilo e tive que explicar pras
minhas colegas porque estava tão braba. O pior é que eu estava tão a fim de
aprender e principalmente de passar um tempo com ele que não tive como negar.
Respondi com um lacônico “Sim” e voltei a me concentrar no programa que estava
desenvolvendo. Quando chegou o dia da segunda aula eu já havia praticamente
esquecido a minha raiva e achei que poderia falar com ele sem problemas.
Como estava quente escolhi um vestidinho de verão simples,
de alcinha e florido, e coloquei um chapéu que tinha ganho dele no meu
aniversário e nem passei maquiagem. Estava me sentindo muito normal, mas ele me
recebeu com uma expressão tão surpresa que acabei encabulando.
- Você está linda. – ele disse e então se corrigiu olhando
pra baixo – Digo, você é linda... ahn... entre, entre.
Desde sempre eu pensei que Yuri era um dos meus amigos mais
gatos, mas dificilmente esperava que ele acabasse olhando pra mim da mesma
forma, por isso me senti muito bem com o elogio. Segui ele até o estúdio onde
estava o piano e me surpreendi por ele ter substituído a banqueta por um
banquinho largo, onde cabíamos os dois.
- Talvez comigo do seu lado eu possa te conduzir melhor... e
não ser um chato de galocha.
- Você foi bem porre mesmo.
- Eu sei, desculpa. É culpa da minha educação asiática,
sabe? Mas não vou mais fazer isso.
- Tudo bem, eu quero mesmo aprender piano, e seria ótimo se
fosse com você.
Ele sorriu e eu perdi um ou dois parafusos. Usava uma camisa
de botões azul-clara que se encaixava bem em seu perfil magro, e uma bermuda
jeans que parecia cobrir mais do que deveria. Peguei pensando em como seria seu
corpo embaixo daquilo tudo e corei abruptamente.
- Eu fico feliz de ouvir isso. – ele respondeu com sua voz
de menino e apontou pro banco – Vem, senta comigo, vou fazer de tudo para ser
divertido.
Ficamos lado a lado e ele pegou minha mão de surpresa, me
fazendo quase dar um pulo e levou até as teclas. Senti seus dedos roçando nos
meus e ele apertou meu dedão para produzir uma nota, com alguma firmeza mas sem
machucar.
- Esta é Dó. Ela começa a escala, está entendendo?
- Ah? Sim, sim. Dó, ok.
- E esta... – pressionou meu indicador logo ao lado – É Ré.
Marissa, você está parecendo nervosa, quer um copo d’água?
- Não, não. Desculpe, eu só não esperava por isso e minha
cabeça está demorando pra voltar pra cá. Desculpe, eu prometo me concentrar.
- Certo... se eu estiver sendo grosso me fala tá? Eu não
quero repetir a mesma coisa da última sessão.
- Não se preocupe, você está um doce. – apesar de que nesse
momento eu queria que você fosse bem rude, pensei.
- Tudo bem, então vamos lá. – ele levou meu dedo médio à
tecla seguinte e disse – Esta é Mi. Depois vem Fá, Sol, Lá, Si e então Dó de
novo. Está me acompanhando?
- Uhum. Parece fácil.
- E é... tocar piano é uma questão de prática, se entregar.
É como... – ele lambeu os lábios e pude ver que estava nervoso – É como tocar
em uma mulher... precisa de suavidade, mas também ser duro... digo, precisa
colocar pressão, para que o som saia potente, sabe? Hum... talvez eu não esteja
sendo muito claro.
- Claro como água, Yuri. Pode ficar tranquilo, quero ouvir
mais.
Ele pareceu notar a malícia na minha voz, porque seus olhos
mudaram, pareceram ganhar um brilho diferente, muito mais determinados e então ele encostou a mão
em meu ombro.
- Vou tocar algo pra você, é bem bobinho, mas eu compus para
que você pudesse aprender. Se conseguir me imitar, então teremos avançado um
bocado.
E então começou uma música alegre, realmente engraçadinha, e
que me trouxe uma sensação boa. Vi seus dedos deslizando pelo teclado como se
estivessem dançando por meu corpo, e senti a excitação chegando. Imaginei que
era na minha pele que ele aplicava aquela força imensa e mordi os lábios.
- Quando estiver tocando, quero que você pense em algo que
lhe dê prazer e coloque a mesma vontade que teria em fazer essa coisa. – ele
levou dois dedos a uma tecla produzindo um som quase obsceno – Eu, por exemplo,
penso em como eu daria prazer a alguém, como poderia fazer essa pessoa sentir
todo meu calor...
Pude ver a verdade em suas palavras, como ele dedilhava
aquele piano com afinco, tirando uma melodia agradável, que mexeu comigo. Senti
como se fosse a mim que ele dedicava a paixão de sua exibição, seus dedos passeando
por minhas costas, pelo meu rosto, pela minha intimidade, até me tirar um
suspiro. Yuri terminou olhando de canto para mim e acenou para o piano.
- Agora é sua vez. Tente imitar com calma o que viu. Eu vou
estar aqui pra te dar uns toques e te estimular. Quero que você saia satisfeita
hoje.
Eu fiz o que ele pediu, mas de cara errei os dedos e fiz um
som horrível, parecia que esmurrava o piano. Mesmo assim ele só riu e colocou
as mãos em cima das minhas, mostrando as primeiras notas. Considerando o nó em minha
garganta, a quentura em meu rosto e o suor em meus dedos, foi um grande feito
quando consegui tocar uma sequência inteira. Assim, ele pode tirar as mãos de
onde estavam e colocar em um lugar melhor, como a minha coxa. Não foi uma
surpresa tão grande, afinal ambos estávamos quase subindo pelas paredes.
A cada vez que eu errava aquela mão se afastava um pouco,
mas para cada acerto ela ia um pouco mais para a barra do meu vestido, e depois
levando ele pra cima e então para dentro das minhas pernas até encostar em
minha calcinha que a essa altura já estava encharcada. Colocou seu indicador
bem no vão da minha virilha e começou a dedilhá-lo como fazia no teclado. Agora
ele não tirava mais a mão por cada erro ou seria uma hipocrisia, já que era ele
quem me fazia batucar nas teclas com força. Senti que meus mamilos estavam tão
entumescidos que furariam o vestido. Eu praticamente arrebentava os dedos
segurando os gemidos que queriam sair.
- Cuidado, Marissa, o piano é um instrumento delicado, tem
que ser manipulado com muito, muito cuidado. – levou uma mão ao meu peito e o
segurou com muita calma – Ele tem que ser apertado como se fosse o seio de uma
mulher, e tocar em suas teclas como em um mamilo... assim e assim, vê? Você
pode usar o ritmo que quiser, mas que seja com amor.
- Uhum... – cafajeste, cretino, maldito, estava me
torturando – Você diz... que devo tocar com carinho... pode me mostrar... como?
- Claro.
E abaixou a alça do meu vestido, expondo meus seios, os
quais segurou e apertou. Colocou meus mamilos entre seus dedos e os girou
suavemente, como se fosse regulá-los, causando um arrepio em minha coluna. Eu
continuei tentando tocar, mas cada vez ficava mais complicado. Logo ele não se
continha mais, usava e abusava dos meus peitos, brincando com eles a seu bel
prazer e sugando a lateral do meu pescoço. Apesar de ser normalmente tímido e
também um tanto pequeno, Yuri crescia ali ao meu lado e se agigantava como um
predador em uma caçada.
- Pro-professor... eu... eu... acho que não vou... conseguir
tocar... assim...
- Então tentemos tocar outra coisa... quem sabe você não
esteja pensando na música errada...
Pegou minhas mãos e me levou para o sofá, puxando-me para um
beijo longo. Pude sentir o quanto ele estava me querendo naquele beijo, quase
arrancando minha alma com sua língua. Suas mãos correram até o zíper do meu
vestido e o abriram, procurando tirar aquela peça de mim. Não sei porquê, mas
escolhi uma calcinha de renda bem fofa pra ocasião e senti um pouco de vergonha
de quando ele a visse, mas Yuri arregalou seus olhos pequenos quando me viu
semi-nua.
- Você é muito mais linda do que pensava, Marissa...
- Por favor... não fala... só... vem.
Ele veio. E como veio. Yuri abandonou completamente a
postura de antes e praticamente destruiu a blusa ao puxar os botões com pressa,
alguns saltando no processo. Vi seu peito magro e nú e pulei em seus mamilos,
sugando-os. Tentou tirar a bermuda em cima de mim e se atrapalhou com as mãos
trêmulas. Quase ri ao vê-lo ficar com a cueca pela metade, mas arregalei os
olhos com o volume que ela mal escondia.
Fui tirando minha calcinha para que ele visse o que eu
queria e ele correspondeu me ajudando. Abri bem as pernas e esperei que ele
viesse, e ele não me decepcionou. Parecia mais feliz do que eu em realizar essa
tarefa. Descobri que ele não era bom só com os dedos e que sua língua se
divertia em me dar prazer. Foi mais difícil ainda segurar os gemidos, temendo
que os vizinhos ficassem com medo dos urros que estava louca para dar. Yuri
deve ter percebido meu problema porque subiu até meu ouvido para sussurrar:
- Pode gritar, minha princesa, essa sala é à prova de som.
Fiquei tão contente que soltei a voz. Pude aproveitar
enquanto ele me tocava com a mesma dedicação que dera ao piano e entendi bem a
teoria. Ele fez o mesmo com meus seios, os quais pareceu muito alegre em mamar,
a ponto de deixar o redor dos mamilos avermelhado. Ele enfim se livrou de
verdade da cueca e mostrou todo seu potencial, que eu queria muito dentro de
mim. Só encarei seus olhos e fiz um sinal para que viesse.
- Quero você. Me dá.
Oh, ele entendeu, pode acreditar. O japonês correspondeu ao
seu tamanho e me penetrou com uma força que até me fez engasgar. Era delicioso
senti-lo entrar centímetro a centímetro e bombar seu membro em mim como se
estivesse martelando as teclas do piano. Segurou minha bunda e me ergueu um
pouco para que pudesse me comer melhor, o que eu agradeci muito. Quando estava
inteiro dentro de mim ele parou e então colocou um dedo para esfregar meu
clítoris, tirando gemidos muito altos.
Ele ainda me virou, me fazendo ficar de quatro e deu uns
bons tapas em meu bumbum, puxou meu cabelo e apertou meus seios já sem tanta
delicadeza. Terminou de me foder com jatos espessos de porra nas minhas costas
e caindo pro lado. Eu estava satisfeita e pelo jeito fora aprovada em minha
primeira aula. Dei um beijo em sua testa, coloquei meu vestido, deixando a
calcinha e parti, parando na porta só pra dizer.
- Semana que vem volto pra mais uma aula. Vou querer
aprender bem essa música.
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Já estão bem aquecidos? O próximo é curto, eu prometo. E bem mais devasso e maldoso. É que nas minhas ideias, de quando em quando, surgem traços de sacanagem intensa, que é o que vão ver aqui...
Luxúria Repentina
Foi de súbito, um atino em um momento tenso, uma rápida
troca de olhares, combinando sem palavras onde e como, e definitivamente
quando. Saíram rapidamente do bar, ignorando que estivessem sendo observados e
julgados, nem se importando em ver quanto deviam. Ele pagou a conta enquanto
ela buscava o carro. Dirigiram por cinco quilômetros antes de entrar em uma rua
deserta e estacionarem. Não aguentavam mais.
Ele pulou para o banco de trás e ela o seguiu, tirando a
saia no caminho. Abriu as calças dele, colocando a mão por dentro da sua cueca
e sentindo o quão excitado ele estava. Beijaram-se, as línguas procurando unir
os rostos em um só, enroscando-se dentro da boca. As mãos dele correram por
suas costas até encontrar sua bunda e a apertar, sentindo a umidade em sua
calcinha. Enfiou um dedo por dentro do tecido roçando suas entradas.
Encontrou seus seios, apertados em um sutiã por baixo da
blusa decotada, e os arrancou de sua prisão, expondo os bicos durinhos.
- Ai, isso dói.
- Então tira.
Ela joga sutiã e blusa para o banco da frente e abraça a
cabeça dele, que suga seus mamilos com voracidade. Suas mãos continuam
explorando sua bunda e a fazem sentar desconfortavelmente em seu colo. O espaço
é apertado, então eles têm que ficar bem juntos, corpos colados, passando o
calor de um pra outro. Suas virilhas se encostam, provocando uma a outra e com
um movimento brusco se encaixam, e ela sente ser preenchida.
Ele joga o corpo pra trás e no pequeno banco traseiro ela
pode cavalgar, os seios pulando, convidativos. Seu bumbum é constantemente
apertado, moldado, como se os dedos dele fossem alterar sua forma. Vão
entrando, criando novos caminhos e dando a ela um prazer completamente novo.
Naquele carro, ela descobre novas zonas erógenas.
- Me come seu puto!
Ele levanta, aproxima, segura o pescoço dela e morde seu
cangote. Ela sente os dentes dele cravarem em sua pele, não tão profundo pra
não ferir, nem tão suave para deixar marcas. Várias marcas, pelos ombros, pelo
colo. É um gostoso inédito, muito, muito bom, Arranha as costa dele,
partilhando desse prazer. Grunhe, resmunga, geme alto.
- E se alguém te ouvir?
- Vão achar que você tá me matando... e está mesmo... com
esse rabo...
- Então me empala.
Segurando suas ancas, abre a porta do carro com o pé e vai
carregando pra fora, até o capô, deitando-a sobre ele, de costas para apreciar
sua bunda. Se abaixa, dá um beijo, uma baita mordida na nádega esquerda e então
as afasta para enfiar o rosto entre elas, a língua subindo e descendo.
- Isso, me come, me chupa... me fode com essa língua, ai!
Fica de pé, passa o pênis pra cima e pra baixo na vagina
dela e recebendo uns gemidos de incomodação penetra tudo de uma vez, sem
respirar. Ela trinca os dentes, se força a relaxar, mas ele não dá tempo,
continua estocando, apertando, mordendo o ombro, dando tapas na bunda. Sem
parar, sem parar, sem parar. Gemem alto, se vier alguém, paciência. Os seios
esmagados contra o metal, os mamilos ralando no ferro, a excitação
transformando dor em prazer. Ela grita. Ele para, cansado.
- Nem pensar, seu filho da mãe... fica de pé.
Se abaixa, pega o pau dele e coloca na boca. Chupa, suga,
massageia as bolas, lambe da cabeça à base e de volta. Rapidamente fica ereto.
Perfeito. Ela o faz deitar no chão de asfalto mesmo e senta, sentindo novamente
tudo aquilo dentro de si. Perfeito.
- Se reclamar, leva tapa...
- Mas eu não...
Slap!
- Eu avisei.
- Sua vadia...
SLAP!
- Tá gostando né?
- Como assim, maldita?
SLAP SLAP!
- Porra... isso tá muito bom, eu...
- Isso, vai, pula! Rebola, gostosa!
Ela cavalga, arranhando o peito dele. Geme muito alto. Então
um suspiro. E desaba.
O sentimento se vai, ambos se encaram e se entendem. Não
precisam se palavras. Simplesmente levantam, vestem as roupas e entram no
carro. Ele liga o rádio, ela troca de estação. Ela fica em casa, sem dar muitas
explicações. E ele vai embora.
Muito bom, Antonio. Gostei de ambos, mas a linha adotada no conto da pianista é excelente. Sutil e provocante, sensual, erótico e instigante. Fez que eu divagasse, já que tenho alguma noção e muitas dificuldades com a música. A frase de fechamento também foi excelente. Parabéns!
ResponderExcluirObrigado, Alcioney! Tenho muito orgulho desse conto, acho que me fez trabalhar bem questão de sentir além da "normalidade", com outras funções que não a do tato. Uma vez na adolescência vi um filme desses que passava no SBT de garotos tentando perder a virgindade e um deles fez isso em uma aula de piano. A situação foi tão marcante que consegui trazer pro conto.
ExcluirSe não me engano o do piano foi o seu primeiro erótico que eu li e um dos mais lindos, tenho que concordar.
ResponderExcluirMuuuuuito provocante e tentador, os dois, mas sempre saio com vontade de aprender a tocar piano.
Estou esperando os próximos ansiosamente.
Outros virão, pode ter certeza. Eu aprendi a gostar tanto desse estilo, tudo tão divertido de escrever, que eu quero mais e mais.
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