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sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Reacendendo a chama

Depois de mais de um ano fora, retorno para começar uma nova fase. Nesse sábado passado, 13 de outubro, fiz um evento no Ateliê Carnivalli que serviu para dar início aos meus novos projetos. Desde maio deste ano sou um acadêmico da Academia de Letras e Artes de Florianópolis, vulgo ADLA, e estou investindo no meu lado escritor, razão pela qual a Toca do Lobo Negro vai voltar à ativa! Espero publicar mais vezes, tanto contos quanto crônicas e poesia.

O belo convite para o evento!
O evento em si foi idealizado e realizado pela minha esposa, Ana Carolina Botticelli, a Ann que já citei várias vezes aqui, com o auxílio do seu colega do Ateliê, o Luiz Augusto Vicente (o LAV), e os pais dela, Maria Vilma dos Santos e o Ney Santos, que foi quem me deu o empurrão pra participar da ADLA. Vieram vários amigos e companheiros escritores e tivemos a oportunidade de conversar bastante enquanto aproveitávamos um coquetel divino que eu quase fiquei sem comer enquanto tirava fotos (feitas pela Mare Botticelli) e autografava livros.

O conto publicado foi Por Algumas Moedas, no livro Além da Magia, da editora Andross, com quem trabalho há alguns anos já. Aliás, tenho duas indicações ao prêmio Strix, a corujinha dourada da editora, que condecora os melhores trabalhos de cada uma das antologias. A primeira vez foi com Gato Sombrio, do Engrenagens, que é o conto que deu origem ao universo em que estou trabalhando pra virar um romance, e a segunda foi As Palavras de um Homem, do Baladas Medievais, um dos meus favoritos. Quem sabe o desse ano me rende uma estatueta ano que vem?


Ah, durante o evento eu declamei uma poesia que fiz especialmente pra ocasião e que trago aqui pra registrar. Eu pensei nela aos 45 do segundo tempo, na noite anterior, quando senti que precisava falar algo e que fosse melódico. É bom citar que agora eu estou assumindo oficialmente bardo como parte do título, já que sou um contador de histórias. Apreciem então...



Balada do meu coração



Você pode sentir?
A energia que está no ar

Que faz vibrar a centelha
Que existe dentro de você
Ainda te farei contar
As mais belas e diversas histórias
Das aventuras que viveremos
Aqui e acolá
E você vai jurar que viu
Dragões e fadas
Robôs e naves espaciais
Lembra-se de quando visitamos a lua?
Amigo, amor, meu companheiro
Eu vou te levar muito além
Te guardarei no cofre do coração
E quando pararmos diante da fogueira
Te honrarei com uma canção
Eu sou um bardo, menestrel
Nascido da conjuntura de homem e corcel
Sou caça e caçador
E se tenho fogo na alma
Também tenho o amor
Sou apaixonado por mil
Filho de Exú e Dionísio
Eu vou provar a ati
Que amor igual ao meu não tem
E vai ouvir de mim
As mais belas e diversas histórias
Do início ao fim

A decoração também estava maravilhosa!

Amigos presentes deixaram-me muito feliz

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Terça Insone II

Talvez, em algum momento futuro, eu encare os dias de hoje como a fase da metamorfose. Meus pensamentos, que eram muito caóticos, tem se reunido em linhas curtas, enunciando uma mudança interior muito perceptível. As camadas foram caindo, e cada palavra ganha um novo peso, não por menos, tornando-se tão densas quanto a matéria que tocamos. Peço perdão pelas rudezas... não tenho certeza mais de quais são...

A Força que eu não tenho

Foram-se os dias em que
contando nos dedos
eu tinha mais certezas que dúvidas
Tais pensamentos tinham forma
de cristais de gelo circundando
as paredes da minha caverna
Sabe aquele espaço pequeno
dentro da sua cabeça
em que você pode se esconder?
Há nele um monstro
tão grande quanto minha vontade
que em algum momento me devorará
A Força que eu não tenho
é a que me falta em meus sonhos
e também a que não me compele agora
A andar, correr, voar
sair deste ostracismo auto-infligido
culpa do medo que corrói meu âmago
Medo não de agir
mas de perder, como se fosse possível
tudo aquilo que construí para mim
Medo de que meu castelo rua
por ter suas bases não tão sólidas
feitas dos cristais do meu amor
É verdade que eu talvez exagere
e que tudo isso é só meu monstro em mim
dizendo mentiras que eu acredite ser verdade
Droga, já não sei mais quem sou
só queria nunca deixar de ser
a pessoa que você pode amar

terça-feira, 16 de maio de 2017

Terça Insone

Quero tentar, pelo menos mais uma vez, trazer um pouco de material inédito pra cá e lançar alguns programas semanais. Espero conseguir manter. Para hoje tenho a Terça Insone. Normalmente pode vir nesse horário da noite, ás vezes pela manhã e alguns dias, com sorte, antes de virar quarta. Poesias, poemas, algumas coisas, música se eu conseguir compor. A meta é que a Terça Insone seja meu canto de descarrego, quando as palavras saem do coração e vem como torrente pra cá. Hoje... sejam brindados com uma dose de melancolia.

Tudo bem, eu sei
Não pagamos por essa festa
Entramos por uma porta há eras
E assim, do nada
Fomos ficando, só embalando
Quando vimos não eramos mais
Viemos amigos,
Um par, meio assim, meio não
Rindo juntos, irmãos de sangue
Agora somos
Desconhecidos, talvez
Quem sabe ainda possamos sair
Você e eu
Se nos esbarrarmos
Entre Deep Purple e Bon Jovi
No meio da sala, lotada de gente
E nos reconhecermos
Será que você vai lembrar
Da nesga de um sorriso que eu dei
Quando nos olhamos pela última vez?

terça-feira, 18 de abril de 2017

Frustração

É uma coisa engraçada
Que logo aquilo que lhe aquece o coração
Possa também congelá-lo
Frustrar-se é uma arte
Pois é feito com amor
Dedicação e muito empenho
Querer tanto algo
Que você morre ao não tê-lo
Obrigado pela frustração
Lembrar-me de que não é só por desejar
Que o inferno vai congelar

terça-feira, 23 de junho de 2015

Lembranças de um antigo escritor

Ah, eu sou relapso, ah sou! Eu devo ter uma penca de textos pela metade em várias pastas do meu computador, e também umas tantas outras ideias anotadas em cadernos que nunca vou tirar do papel. O que se salva acaba aparecendo aqui ou indo parar no notebook dos meus e minhas amantes por aí que pedem contos especiais. Adoro todos vocês por escravizarem minha cabeça e... ah, caraca, acabei de lembrar de mais uns três ou quatro pendentes. Um minuto pra eu me acertar com meu teclado enquanto tento tirar isso ainda essa semana da minha cabeça.

E falando nisso... meu conto Tique-Taque finalmente está em mãos! IEI! \o/ Lançado como parte de uma antologia de terror, Legado de Sangue, hoje de manhã surpreendi meu carteiro deixando na frente de casa uma caixa lotada de exemplares. Bem, não são tantos assim, mãs... é bom ter aqui algo que acompanhei tão ansiosamente. E tenho pra vender! Quem quiser prestigiar o que eu e outros autores muito melhores escrevemos, pode pegar um comigo, por apenas 25 dilmas! (vulgo R$25,00) Vai por mim, com tanto conto e mais de 300 páginas, tá barato, tá barato.

Enfim, o que trago hoje não é uma besteira qualquer, é besteira das grandes. Eu falei que sou relapso né? Então, mexendo nas coisas que estou separando pra me mudar (sim, de novo), encontrei umas folhas amassadas de textos antigos. Alguns de verdade. Outros não. Eu separei o que prestava e o que não joguei fora. E aí vi que tinha uma porrada de poesia e músicas que escrevi e... não vou julgar, deixarei isso pra vocês. É melhor que me digam o que realmente acham e não sejam influenciados pelo que estou pensando.Vou deixar umas aqui hoje e outro dia volto com mais.
Sem delongas...

Declaração de Guerra

Eu sou fraco
Pois com apenas um toque
De sua pele na minha
Já me derreti por você
Eu sou forte
Pois mesmo tentado pelo luar
Que banhou sua pele lisa e alva
Ainda me contive por você
Eu sou prisioneiro
De um encanto ancestral
Um lamuriar eterno
Que me tornou o seu carma
Eu sou teu
Servo, Escravo, Leal Sancho
Que te entrega carne e alma
Para que possas viver
Eu sou fraco, forte, prisioneiro teu
Bravo, alvo, curioso de você
Perdido nas tuas lágrimas
Fazendo você sorrir e viver

Terra de Sombras

É tão frio aqui
O mar é tão escuro
Já não tenho pra onde ir
Estou em cima do muro
Talvez o amanhã chegue
E não precisemos correr
Não sei o que vem por aí
Já não posso prever

Nessa terra de sombras
O sol não aparece
Neste lugar mórbido
Só você me aquece

O tempo desistiu da gente
Não temos nada pra fazer
É um lugar sem emoção
E talvez sem paixão
A esperança no futuro
É só você
Que você torne tudo seguro
Com seu jeito de ser

Um Fim

Cada fragmento do teu sorriso
Espalhado pelo chão de xadrez
O médico disse que é o que eu preciso
Quando nos encontramos daquela vez
Minha vida dedicada ao trabalho
Nunca mais voltarei a ter
As horas que gastei ao acaso
Eu queria passar com você
Agora morto não poderei mais
Viver a vida que imaginei
Perdi a chance de estar em paz
Não foi como eu pensei, não

quinta-feira, 16 de abril de 2015

De coração aberto

Eu valorizo a amizade, muito e sinceramente. Sou o máximo de amigo que puder, mesmo que a pessoa não peça ou queira. Prefiro me entregar, integralmente, e aos poucos me moldar aos meus amigos. Tenho-os como irmãos, amantes, parceiros, pessoas a quem devo ser leal, a quem quero ser leal, e por quem batalharia. Então eu gostaria de me expressar, só um pouco, e contar aqui o que sinto... por vocês, ma friends.

Espírito de Alcateia

Se eu pudesse mudar as estações
Fazer do seu outono primavera
Eu te diria que não te preocupe
Pois ainda veremos muitos verões
Olhe, amigo, o sol há de se pôr
Talvez mais cedo, talvez mais tarde
Não tenha medo de se perder
Eu vou estar ao seu lado seja o que for
Sóbrio ou ébrio, são ou louco
Serei guerreiro, companheiro
Até mesmo pai ou professor
Eu te amo e não é só um pouco
Perceba, meu amigo, você está fadado
A ter minha parceria não importa o quê
Seja querendo ou de muito mal grado
Estarei contigo mesmo que bote tudo a perder
Sábio era o tolo que nos fez iguais
Não pensou talvez que fossemos mais
Do que somente amigos leais
Somos irmãos, hoje e sempre até o final
Seja sob a luz da vitória ou perigo mortal
Obrigado por ser tão fiel
Não poderia querer nada melhor
Você terá tudo de mim, mas principalmente o amor

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Agora comece a batida!

Se Basket Case me fez fissurar em Green Day, a culpada por Foo Fighters é esta aqui. Eu lembro da primeira vez que ouvi a voz do Dave Ghrol gritando que precisava reaprender a voar e quando vi o clipe com o Jack Black eu pirei, achei a banda mais foda de todas, e ouvi e ouvi sem parar este clipe, cheguei a baixar pro meu computador na época. Hoje, tantos anos depois, ainda é uma das minhas músicas favoritas e com uma qualidade surpreendente. Digam o que quiserem, Learn to Fly é um clássico, e um que mexe comigo e muito. Diferente das outras, essa mereceu uma poesia.

   

Hei, você pode me ouvir?
Ouço as crianças gritando lá fora.
Estão me chamando pra sair.
Posso ir agora?
Sinto que estou perdendo as forças
Que não consigo mais voar
Estou preso entre paredes
Grossas demais pra derrubar
Vou ter que reapreender como se faz
Abrir minhas asas e balançar
Talvez eu não saiba mais
Como se faz para chegar lá
O céu está me esperando
Sou um anjo de uma asa só
Minha cela é um quarto
Sem janelas, sem porta
De onde quero fugir
Sem saber pra onde ir
Por favor, me traga a chave
Liberte minha mente deste nó
Eu só queria mais uma vez
Voar até o sol nascente

Onde possa ver vocês

segunda-feira, 30 de março de 2015

Sofrendo Silenciosamente

Conheço pessoas que não conseguem se expressar, que acham mais difícil dizer que dói do que de se trancar em seu quarto e quietamente deixar que os sentimentos ruins se acumulem. Eu sei como é, já fui desses e ás vezes volta aquela sensação ruim, aquela angústia do silêncio pétreo que causa um bloco no estômago e um buraco na alma, é algo que consome, que tira as palavras da boca e deixa apenas um gosto amargo. Para esses momentos, eu também tenho poesia, uma forma de libertar o que está preso na minha mente e que sei que em algum momento vai explodir em um arroubo de tristeza. E aqui está... a última é inédita, feita especialmente pra agora.

Lamento muito não estar com você

O mundo se distorce ao meu redor
Ancorado em um harpão no meu peito
Que me causa um desespero intenso
Uma sensação de terror imenso
Preciso correr, preciso gritar
Mas na solidão da minha casa
Ninguém pode me escutar
Talvez eu escolhi errado
Em não estar ao teu lado
Talvez eu tenha me precipitado
Eu devo estar muito enganado
Sufoco em minha indecisão
Afundando mais e mais
Na escuridão
Desculpe por te irritar
Com minhas inúmeras lágrimas
Não queria mesmo incomodar
Mas antes de ir embora
Pronto pra me despedir
Quero dizer que só você
Pode me fazer sorrir
Obrigado por existir

Promessas Inacabadas

Se neste curto espaço de tempo
Em que minhas palavras viram pensamento
Eu desistir de me confessar
Nunca mais me dê chance de voltar
Lamento por minhas mentiras
Mais do que as verdades
Já contei muitas histórias
Mas destas não sabes nem a metade
Fui forjador de lendas
Causos, mitos, bobagens
Só não fui ainda
Um herói de contendas
Somente lutei com quem pude vencer
E isso faz de mim um perdedor
Vergonha sinto de assim ser
Mas juro que fiz tudo por amor

Nada que fiz foi em vão

Teve um dia desses, que entre momentos
Eu me dei um instante pra respirar
Vi minha vida, escolhas que fiz
E também todas as minhas falhas
Nesse dia, percebi o tormento
Que é ter que me virar
Pra fazer o que sempre quis
E lidar com as minhas escolhas
Convenhamos, não é fácil ser alguém
Com mente livre e coração
Não ter que explicar pra ninguém
Qual a minha vocação
Sou só um pobre coitado encolhido
Nesses metrôs da cidade grande
Mas se pudesse ser o escolhido
Teria me tornado gigante

segunda-feira, 23 de março de 2015

Numa vibe meio louca

Tudo bem, eu posso ter falado daquelas poesias, mas eu tenho algumas outras que são um tanto diferentes, como se fossem mais... estranhas? Não sei, é algo fora da casinha, mas que eu gosto um bocado. Sem mais delongas... um pouco da minha loucura.

Valsa Macabra

Pausa para um respiro
Eu tenho que me entregar
Há tanto tempo que espero
Para enfim me deitar
Sob o céu sem luas
Nuvens e nenhuma estrela
De colinas nuas
E uma terra tão cheia
Um monte de crianças a cantar
Sobre uma ábobora falante
E desatando a dançar
A melodia dissonante
Dos mortos infantes
Das risadas incessantes
Da não-vida alegre
E dos demônios selerepes
Quer entrar nessa ciranda?
Ainda há um lugar
Aqui ao meu lado
Neste campo sem luar

Vagando Torto

Incerto sou
Vagando por estas ruas
E perdendo tempo neste jogo
Compreendo cada vez menos
Mentindo de hora em hora
Sobre uma vida que não tenho
Morto estou
Sei que não durarei mais um dia
Entrei na boca do lobo
E não há mais como sobreviver
Fingindo quem sou agora
Perdendo minha alma enfim
Louco fiquei
Talvez eu esteja só me enganando
Quem sabe não está tudo bem
E o dia vá raiar uma vez mais?
Só sei que nada sei
Dessas minhas incertezas

Gula

Quer um pouco disto ou daquilo?
Talvez mais um tanto deste?
Ou quem sabe pedir mais disso?
Não importa
Você já tem muito a pagar
Pois quanto mais você pede
Mais eu vou te oferecer
Até você se fartar
Mesmo que essa hora não chegue
Eu vou insistir até te matar

Apenas mais uma dose

Droguei-me hoje mais cedo
Com um pouco de sonhos
Injetei direto na cabeça
De um jeito bem hardcore
Pensei em usar música
Mas parti pra poesia
Um pouco de realidade pra compensar
Meti minha cabeça nos jornais
Morte, corrupção e depravação
Acho que está bom
Não posso ser sempre sonhador
Já pensou se começo a voar?

Por dentro

Há um monstro em mim
Que quer você
Não o seu amor
Mas te ter
Roubar teu sorriso e tua paz
Teu calor, tua imagem
E nada mais
Não se importa com teu carinho
Ou se é bem ou mal amado
Só quer te ter ao meu lado
Não há sofrimento
Ou alegria
Apenas o momento de euforia
Um suspiro
E nada mais

sábado, 21 de março de 2015

O Desconexo Pensamento de uma Mente Perturbada

Na melhor percepção de tudo, tem dias que eu faço tanto drama que nem eu me aguento, e nessas horas eu acabo escrevendo as coisas mais dolorosas, mais profundas e mais tensas. No outro dia eu comentei delas, minhas poesias dolorosas, que vem aos borbotões, talvez me trazendo ainda mais tristeza. Ou quem sabe eu esteja apenas divagando sobre elas, sem sentido. Que seja, ambas estão aqui, as únicas que salvei... até agora. Nenhuma tem nome, é uma falha, mas não quero nomeá-las, acho que vai contra a proposta de escrevê-las. Espero que aproveitem também...

Olho, observo, aprecio e me perco
No desejo do teu beijo
Sinto, tremo, anseio e me deixo
Saber que não tenho teu zelo
Sofro, amargo, em lágrimas de doer
Só por pensar em você
Quero, temo, ouso ter
Esperanças que você possa me ver
Nada mais consigo construir
Castelos de cartas afundam um a um
Tantas coisas que queria dizer
Fazer
Crescer
Ser
E não sobra nem um sonho pra mim
Penso, amo, quase me deixo ir
Pro abraço de algo que não está aqui
Deito, durmo, finjo estar com você
É o melhor que eu posso fazer

A pressão da sua voz
Me dizendo o que fazer
As palavras saem como lâminas
Cortando minha carne
Meus pulsos estão atados
Não sei como prosseguir
Vivendo entre o sim e o não
Tendo ás vezes que mentir
Pra impedir que meu coração
Se parta em dois, três ou mil
O infinito agora faz sentido
É pra onde a mente vai
Quando se está tão perdido
Que não pode-se mais voltar
Eu só queria ter um minuto
Colocar meus pensamentos no lugar
Só tenho mais um segundo
E não sei onde vou parar

quarta-feira, 18 de março de 2015

Meio tenso

Não sei se vou manter esse ritmo de postagem, colocando tantos textos seguidos, mas pelo menos eu tenho material acumulado do tempo em que com os minutos que me sobravam eu escrevia alguma coisa, em geral poesias. Na minha área de trabalho há dois arquivos de TXT com nomes parecidos, um diz Poesias Calorosas e o outro Dolorosas. Hoje vou trazer três do primeiro. Eu falo que fico muito tenso, sou uma pessoa com a cabeça muito imaginativa e facilmente me perco ou em loucura ou em depravação quando não ambos ao mesmo tempo. É muito legal isso, mas como nem sempre dá pra me expressar completamente com ações, eu acabo escrevendo o que tá me pegando. E foi assim que surgiram esses textos...

Propriedade

Quero seu corpo nú
Sua pele sedosa
Seu perfume ardente
Seus seios fartos
e sua boca carnuda

Entrar debaixo dos lençóis
Entre suas pernas
No seu âmago
E te ouvir sussurrar
"Você é meu"

Deitar a cabeça no teu colo
Esfregar minhas mãos em tua barriga
Derramar meu gozo em tuas coxas
E beijar tua boca
Olhando em teus olhos

Dizer que te amo
Que te quero
Que te desejo
Que te anseio
E que para sempre...

Serei teu.

Relaxando

Nos teus braços quero estar
Morder teu pescoço
E entre tuas pernas
Lamentar que não estou

Há muito que me pego
Pensando e imaginando
Como seria contigo deitar
Embalar neste amar

Afago teus cabelos
Sabendo que somos um
Iguais e diferentes
Opostos se atraindo

Você me faz sorrir
Quando vejo teu corpo lindo
No qual quero entrar
Te amo, minha perdição

Pequena Perdição

Arde, consome, queima
Uma chama acesa em meu coração
Tesão incapaz de me conter

Mordo lábios, interior da tua boca
Invado com a língua, conquisto tua alma
Quero acima de tudo tudo só para mim

Abro meus braços para receber
Teu corpo pequeno que se encaixa tão bem
No espaço do meu peito

Minha nanica, tão cheia de curvas
Nas quais derrapo, sem direção
Me perco inteiramente no teu calor

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Acorde-me quando Setembro acabar...

Agosto sempre foi um mês cruel para mim. Muitas perdas, muitas mudanças, muita dor e choro. Mas Setembro me desferiu um golpe tão forte que poderia rivalizar, até superar, todas as lágrimas que já derramei. Quero só dizer algumas palavras para uma PESSOA especial, minha gatinha amada...



Eu não queria estar escrevendo estas palavras
Tendo estes pensamentos
Sentir no passado
Chorar no presente
Não queria me entregar à dor
A falta que você me faz
Ao sentimento de saudade
E ao amor não correspondido
Você partiu sem dizer adeus
E eu sei que não foi por querer
Percebi teu último suspiro
E aquele olhar
Mesmo enviesado
Atravessado como quando eu te apertava
Dizendo “Ei, e aí, o que é isso?”
Não vou mais te encontrar me esperando
Te ouvir miar me chamando
Saber que você não quer colo
Ou água na pia
Mas vou te amar mesmo assim
E a cada dia
Mesmo que em silêncio
Te desejar “Boa sorte, Charlie”
Até mais, minha Gouda

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Sem fôlego

Tem dias que amanheço incapaz de conseguir fazer tudo que me programei, acabo indo em outra direção. Eu deveria estar com o almoço no fogo, deveria estar fazendo ligações, mas só consigo agora escrever, é um mal que não sei como combater e que me compeliu a escrever estas palavras, transformar em versos do que poderia ser uma canção. Não tenho a quem dedicar, então dedico a todos os meus mais próximos, vocês, que sabem de quem estou falando, e espero que apreciem o que escrevi. É uma poesia, de fato, mas não sei dizer qual seu destino. Ela ficará aqui até que eu queira voltar.

Lamento muito não estar com você

O mundo se distorce ao meu redor
Ancorado em um harpão no meu peito
Que me causa um desespero intenso
Uma sensação de terror imenso
Preciso correr, preciso gritar
Mas na solidão da minha casa
Ninguém pode me escutar
Talvez eu escolhi errado
Em não estar ao teu lado
Talvez eu tenha me precipitado
Eu devo estar muito enganado
Sufoco em minha indecisão
Afundando mais e mais
Na escuridão
Desculpe por te irritar
Com minhas inúmeras lágrimas
Não queria mesmo incomodar
Mas antes de ir embora
Pronto pra me despedir
Quero dizer que só você
Pode me fazer sorrir
Obrigado por existir

PS: Obrigado Luize, porque me indicar a ter títulos grandes. Eles realmente ajudam muito.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

16º Desafio - Charlie, Lilo e Elvis

O desafio de hoje (que deveria ter saído ontem) é algo bem inusitado. Charlie, usando a Ann como porta-voz, pediu que eu transmitisse seus pensamentos mais íntimos pro meu blog e é isso que fiz! Mas, para não ser injusto, trouxe também os da Lilo (difíceis de captar debaixo de tantos olhares DUMAU!) e das ideias caóticas do Elvis, que deve ser um servo de Nimb. Francamente, ficou uma doidera só. Espero que gostem!

Charlie Gouda

Fome? Fomeeeeee.
Mas por que fome?
Fome de carinho. Talvez.
Fome de atenção.
Ah! Monstro, monstro!
Lambe, lambe, lambe.
Ei, humano! Como vai?
Me dá! É meu!
Aaaaaaah, fome!
Fome? Fomeeeeee.

Miau.

Lilo Garra do Mal

Tédio, mórbido tédio.
Eu sentada a esperar.
Tenho certeza que uma hora passa.
Isso, massageie minhas costas.
E meu ego.
Obedeça humano.
E tire esta criatura infernal daqui!
Hora de divar...
Caminho, vocês me ouvem
Me louvem
Me queiram
Vou passear.
MIAU!

Elvis Pretzel

MORDEEEEER.
Morde, pega, corre.
Quéisso, quiéaquilo?
Oba, pés! E meias!
E pés com meias!!!
E canelas, amo canelas!
Hora de lanchar
Latir latir sem parar
Ei, por que fechou a porta?
Mais latido pra você!
Adoro isso!

E quem quiser ver a fuça dessas fofuras, tem imagens no instagram da Ann!

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

7º Desafio - Eu mesmo

Hoje foi um dia bem cheio, e eu falo isso com convicção. Fiz uma festa hoje com muitos amigos que durou horas e horas. Bem, agora que deu uma relaxada corri para o computador para fazer o sexto desafio, assim trago para vocês o primeiro sem um desafiante. Pois é, acabaram as pessoas, ninguém mais se propôs. Mas ainda estou aceitando! Trouxe hoje apenas um poeminha, feito rapidamente, como em um suspiro.

Um Suspiro

Alívio de uma mente solitária
Quebrada em memórias fragmentadas
Esculpidas em lembranças falsas
De mentiras muito bem contadas
Por homens que não sabem de nada
E mulheres com vozes de taquara rachada
Que contaram fofocas de vidas desperdiçadas
Você sabe de quem são estas histórias
Com covardes personagens principais
Fugidos de batalhas épicas

E da responsabilidade de futuros reais

domingo, 7 de julho de 2013

Um Dia de Fúria

Não posso explicar (parte por não saber como, parte por não querer entender como), mas tem horas que um lado meu se mostra, e é um psicótico levemente sádico que gosta muito de uma tendência ao drama, e este lado veio até mim hoje e disse: "Cara, se não escrever isso, eu te encho de porrada". Fico feliz que foi fácil negociar e pude jogar tudo para fora antes que eu próprio me mutilasse. Infelizmente, há ainda resquícios da ira dele em mim, e talvez eu esteja mais ácido, mais maldoso, mas principalmente mais nervoso. Há muito a vir por aí, e a fúria só cresce, inflama...

Enquanto isso, fiquem com meu momento angst. Talvez vocês se identifiquem nessa raiva maligna... Talvez vocês até mesmo a perdoem e compreendam. Mas, por favor, mantenham-se longe. É preciso cuidado!

Eu contra meu mundo

Eu juro que não queria ser uma fera revoltada
Que briga com a vida, com minha mente o tempo todo
Mas o meu inimigo não tem forma, é um sentimento
Um fogo solar que me consome por dentro
E nada mais resta de mim para me reconstruir

Sei que várias vezes eu tentei mudar
Apelei para bruxaria, para religião e até pensei em me matar
Mas claro, covarde que sou, nenhuma opção foi real
E no fim, eu ainda estava lá, esbravejando para o mundo
Sou somente eu ou realmente está quente aqui?

Talvez você não me entenda, talvez me entenda bem
Eu não sei, não quero mais discutir
Cansei de ouvir e falar, e gritar e me abaixar
Até mesmo cansei de dizer que esse não sou eu
Aqui, sozinho, percebo que foi tudo eu, eu, eu

Não estou completamente errado, mas não estou bem certo
Deveria talvez ter escolhido um caminho mais reto
Teria escolhido a princesa ou o dragão? Não sei, não sei
Mas com certeza, não teria escolhido a solidão
Aqui, diante do abismo, ele me olha de volta, e eu não sei se estou feliz com isso

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Os Quatro Eternos

Olha, admito que fiquei longe um tempo, mas me faltava inspiração para algo que realmente valesse a pena jogar para essa alcateia. Em uma caçada ontem acabei encontrando o que queria, e trago para vocês hoje meus quatro eternos, os espectros das maldades e bondades em meu coração e quem sabe nos de vocês também. Interpretem-nos como quiser, mas somos um e muitos...





O Pecador
Eu sou culpado
De todas as minhas mentiras
Não posso fugir do meu passado
Esconder no fundo do lago
Os meus desejos profanos
Pois de todo me sinto
Afundando em sonhos insanos
Sou realmente o mal
Forjado de um herói caído
Não me entenda errado
Não é como se tivesse traído
Ainda não fiz todos os meus pecados
Mas estou fadado a falhar
Já que pra estar jornada
O final feliz não vai chegar



O Salvador
São tantos caminhos
Que não posso escolher
Para poder salvar você
Trancou-me a laços de ferro
Linhas de vida que não entendo
Deixei que você caísse
Para que eu te levantasse
Mas isso não faz de mim santo
Ou de você uma vítima
Só sei que nada temerei
Enquanto eu puder lhe ajudar
Já que minha alma está plena
E eu ainda posso te perdoar



O Sonhador
O futuro me aguarda
Ele está ali, não tão longe
E eu posso toca-lo
Mesmo que isso me leve pra além
De todos os meus planos
É só querer
E eu posso, você vai ver
Duvide de mim o quanto quiser
Eu estou rindo de como estamos
E sei que nossos sonhos vão chegar
Pois o medo não vai poder me parar
Eu tenho forças se quiser lutar
E cola pra juntar tudo quando quebrar
Ela se chama esperança



O Fim
Doze badaladas
A última sentencia o final
Não há uma luz no fim do túnel para nós
Apenas um jogo de palavras brutal
O que dizer do nosso destino?
Eu teria previsto se fosse você
É óbvio que não temos o para sempre
Pois tudo sempre acaba
E mesmo sem querer
Deixamos para trás o que somos
Mas não finja
Que não sabia de tudo isso
Eu estou te esperando
Mesmo que não sobre nada
Eu continuarei te amando

Todas as imagens foram tiradas da página de rann-rann no DeviantArt e como esse projeto é maravilhoso, gostaria MESMO que tivesse como comprar esse baralho de arcanas do Tarot, porque gostei muito das imagens.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Livre Arbítrio Extremis

Hoje vi Homem de Ferro 3 e se tem algo que tirei do filme é: Nós criamos nossos próprios demônios. Ok, essa frase é bem clichê, mas não deixa de ser extremamente real, e não só no sentido literal, de pessoas que acabamos incomodando e que, em algum momento, virão atrás de nós para a desforra, mas também como nós criamos nossas próprias barreiras mentais. A frase que Tony repete umas duas vezes no filme é exatamente o maior vilão dele, o que o deixa transtornado até o momento em que uma criança mostra pra ele o caminho certo... Uma CRIANÇA diz a um dos maiores gênios do mundo a questão mais simples: Seja quem você é e siga em frente, porque atrás vem gente. E a partir daí o filme deslancha de verdade e conseguimos acompanhar Tony Stark no seu melhor herói anti-heroístico calhorda... Porque isso é o que ele é.
Assim sendo, trago a vocês uma poesia que escrevi em um momento de raiva, um instante em que eu queria expressar algo e só poderia ser através destas palavras, deste modo, quando enfim uma frase queria sair de qualquer jeito... Faça, porque se ficar parado, você vai ser atropelado. Com vocês...



Encruzilhada

Dor, ó indignissima dor da decisão
Tantos caminhos a escolher
Salvação ou perdição
Dor do tempo perdido, da faca amarga
Da ida sem volta, da vida desperdiçada
Dos confins da memória, a conversa velada
O debate dos neurônios, a opção não tomada
E eu aqui só, finito e incompleto
As chances nas mãos, grilhões inconcretos
Falho em si, morto por dentro
Não temo a mim, mas a ti, destino incorreto
Rasgo tremendo da dor que foste feto
Lamento tenebroso nada certo
Diz-me o caminho
Ou perecerei neste momento

E sempre que eu penso em escolhas, em saber o que fazer, me vem à mente esta música... Mais do que um hino anarquista, é uma ode a geração de perdidos que não sabe pra onde seguir... É Raul mais uma vez a frente do seu tempo, falando de pessoas que têm medo de seguir por caminhos "desconhecidos", esquecendo que alguém precisa trilhá-los... Sigam, façam o que querem, pois é tudo da Lei...