sexta-feira, 10 de abril de 2015

Está quase chegando... no refrão!

Em determinado momento eu descobri em Numb a minha música favorita, durante muito tempo foi assim. Demorei a entender, no entanto, sobre o que falava a letra, não porquê eu não soubesse inglês (que eu sabia pouco mesmo), mas por não captar o sentido das metáforas, de "caminhar nos seus sapatos". Hoje eu vejo que, se tivesse compreendido a moral, teria ouvido por muito mais tempo. Eu não sou obrigado por ninguém a seguir o caminho que pedem, mas tem vezes que me perco nas trilhas dos outros, sendo como gostariam que fosse. Muitos de nós são assim, incapazes de desvencilhar-se de "obrigações fraternais" e seguirem as próprias ideias. Não é só uma questão de pais como mostra o clipe, mas também de amigos, irmãos, namorados, amantes... acima de qualquer coisa, sua liberdade de ser, fazer e pensar o que quiser é que é absoluta. Você tem o direito de decidir. A felicidade não depende dos outros, mas de si, e desde que você possa ser feliz sem deixar os outros infelizes, você pode ser feliz como e com quem quiser. É disso que fala Numb.

           

- Eu prometi que teríamos essa conversa, mas não esperava que fosse com ele junto...
- Olha, você tem que entender, eu...
- Não, não me venha com essa, sabe o que eu sinto, e essa é a razão de tudo estar errado, você não se importa. Quer me esfregar na cara que as coisas tem que ser do seu jeito.
- Não fale assim, eu te amo...
- Quando foi a última vez que conversamos? Você só sabe dele agora, está sempre com ele, diacho, eu sei que vocês estão transando.
- Pare! Não... eu...
- Por favor, não finja, eu sei... e não é isso que me incomoda mas... somos estranhos agora, e eu sinto que estamos cada vez mais distantes. Eu quero me livrar, só... me deixe ir.
- Não é isso que eu quero.
- Então por que não podemos nos ver? Que tal se saíssemos juntos, eu e você, sem qualquer tipo de obrigação, sem precisar estarmos acompanhados, podíamos pegar um cinema ou...
- Você sabe que não é tão fácil...
- Claro que não é... você precisa da aprovação dele. Olha, se vai ser assim, deixa pra lá.
- Não, não quero acabar desse jeito.
- Então o quê? Nós sempre fizemos as coisas juntos, eu sempre te ouvi... eu... eu deixei de fazer outras coisas por você...
- Você fica colocando a culpa em mim, desse jeito eu não aguento.
- É você quem não para de se intrometer na minha vida! Semana passada eu tinha planos e aí você voltou e me disse que queria me ver! Fui acertando todos os meus horários para estar aqui contigo e temos que pedir um minutinho pra ele pra podermos conversar!
- Isso porque você não quer falar com ele!
- PORQUE EU NÃO GOSTO DELE! PORRA, DÁ PRA ENTENDER? Eu... eu... eu amo você...
- Eu também te amo...
- Não, não ama. Você gosta de quem eu era, gosta do que criou pra mim, gosta de como era pra você, mas eu mudei... eu vou continuar mudando, eu preciso. Eu vou seguir em frente e vamos nos encontrar, de vez em quando, mas não me obrigue a estar do seu lado, esperando para poder receber um pouco de atenção. Não, não diga nada, já foi a oportunidade que tinha de nos mantermos juntos. Agora só consigo pensar em como fazer pra recuperar o que perdi... porque estava contigo.
- Você é tão cruel...
 - Não... eu sou livre. E estou cansado de ficar aqui parado, esperando por você. De adormecer, deixar de viver. Agora... eu vou embora.
- Espere! Não... não me deixe...

- Se você quiser mudar também... se quiser me seguir e continuarmos, mas lado a lado, cada um do seu jeito... então estarei aqui, caminhando... se quiser trazê-lo junto, ótimo... mas não vou mais me importar com isso... porque não estou mais entorpecido.

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