Quanto preconceito!
Sabe quando seus colegas de trabalho lhe convidam para ir no
bar no happy hour de sexta e você diz que não porque vai encontrar a galera da
sua guilda e terminar aquela maldita raid? Eles lhe olham torto, meio
desconfiados e depois riem? Se sim, você não é uma exceção, apesar de hoje
videogames serem pop, e pop com P maiúsculo.
Seus amigos jogam League of Legends, mesmo aqueles que NUNCA
haviam nem terminado uma partida de Freecell (você sabe, o jogo do demônio que
vem com o Windows). Seu patrão deve conhecer FIFA, mesmo que seja “naquela
versão que dá pra jogar com o Vasco”, e aliás até diz que ganha fácil de você.
Sua namorada passa horas na página do Facebook não curtindo fotos dazamigas,
mas no maldito City Ville, Criminal Case ou aquele da Marvel. Os games estão
muito mais frequentes do que há dez, quinze anos. E daí?
Daí que isso não afasta o preconceito, na verdade cria duas
novas formas dele. Em uma, os chamados “gamers de verdade” torcem o nariz para
qualquer forma de entretenimento que não custe dedos e unhas ou horas diante de
uma tela de 32”. Em outra, os “casuais” ficam constrangidos em serem amigos de
“hardcores”, o tipo que prefere passar o final de semana fechando pela segunda
vez um RPG famoso a ir à praia. E ainda há o clássico preconceito dos pais e
outros “adultos” sobre qualquer coisa que seus filhos achem divertido.
Games são violentos, RPG é coisa do demônio e jogos de carta
levam ao vício, motivo pelo qual “meu filho nunca tocará em uma dessas coisas”.
Não é porquê estamos no século XXI, a internet facilita o conhecimento sobre
praticamente tudo e o pensamento é mais “livre” que esse tipo de ideia parece
ultrapassada. Pelo contrário, parece que a facilidade de todo mundo dizer o que
acha tornou mais simples para os ditos responsáveis acharem uma forma de
“argumentarem” sobre os males de se jogar alguma coisa.
Até agora já dei vários exemplos, mas não custa dar mais um
bem específico: Trabalho em uma loja de card-games e sou bem aberto para
discutir as qualidades e defeitos do meu produto, até mesmo para educação e
desenvolvimento social. Justo. Ainda assim, alguns pais preferem não conhecer
melhor o que seus filhos querem jogar e os proíbem de vir aqui ou, sabendo que
isso só faria pior para eles, tiram os seus “brinquedos”. Não preciso ser mais
claro: Não é algo que funcione bem, certo?
Há um ambiente ruim nos games? Possível, realmente alguns
lugares não são propícios para crianças, adolescentes e até alguns adultos
permanecerem, mas maturidade é algo que se desenvolve primeiro em casa e depois
fora dela. Se a pessoa já é desestabilizada não haverá lugar seguro para ela. E
ponto, não é um jogo de cartas, de computador ou até mesmo uma amarelinha que
vá prejudicá-lo mais. Qualquer coisa seria um gatilho.
Mas claro, sempre culparão o elo “mais fraco”, os games, por
qualquer coisa do tipo. Pena, se tem algo que posso dizer é: Obrigado Final
Fantasy VIII por meu inglês, obrigado Magic: The Gathering por meu raciocínio
lógico (e também vários outros jogos de mesa) e principalmente obrigado Vampiro:
A Máscara pela minha capacidade de improvisar e interpretar personagens.
É complicado mesmo... Falar q vai sair no fds pra jogar boardgame, rpg ou q vc joga WoW e a maioria te olha com akela cara de paisagem huahuauhahauhu
ResponderExcluirPor sorte a maioria do meu circulo social tb curte, então é + tranquilo. A pior fase foi qdo eu jogava live de Vampiro A Máscara. Galera td achando q eu tava cultuando o capiroto hahuahuauahhuahu
Ainda bem que eu separei bem meu ciclo de amizades XD Maioria ou gosta ou não se importa, ainda que tenham alguns que fiquem com aquela cara de paisagem e vão, sei lá, pra uma balada ou algo assim... XD
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