PS: Como a Ann disse, a Elsa é mó vilã no trailer... Ê propagandinha enganosa...
Frozen – Uma Aventura Congelante
Desde que a Pixar foi comprada pela Disney e John Lasseter
passou a ocupar o topo da cadeia criativa, mudanças foram feitas nos dois
escritórios. Se por um lado Valente foi o filme mais Disney que a Pixar já
produziu, os animados da Disney ganharam mais características da Pixar, e não
estou falando só do visual em CGI. Frozen, que trás não uma, mas DUAS novas
princesas para a casa, é uma demonstração do potencial que a empresa ainda
mantém.
Muito adoráveis... Mas ok, a Elsa é muito diva. |
Em primeiro lugar, um recado a quem não viu ainda o filme:
Fuja do Tumblr, praticamente TODAS as cenas já foram postadas por lá e ainda
peguei a reviravolta-mór do filme antes de vê-lo, o que não tirou a emoção de
ir ao cinema. Mais de uma hora e meia passou rapidamente e me empolguei em cada
cena, mesmo quando o filme parecia que viraria um musical de tantas sequências
cantadas.
E mais, adorei os personagens principais, algo que já tinha
acontecido em Enrolados e dificilmente antes disso (qualé, nem sempre dá pra
curtir o par da protagonista). Cada um deles tem suas características bem
exploradas e tanto Anna quanto Elsa mereciam o cargo de protagonistas. A
história, aliás, dá as duas o mesmo peso, uma confirmação disso. Enquanto cabe
a Anna trazer a irmã de volta, salvando não só ela como todo o reino, Elsa
precisa aprender a controlar os poderes não pelos outros mas por si mesma.
Uma coisa é verdade: A magia da Elsa é estilosa. |
E Kristoff é quase tão relevante em cena quanto Flynn Rider
era no outro filme citado. Seu temperamento de ermitão (o que não é verdade no
fim das contas), sua audacidade diante de grandes perigos e seu humor fazem bem
à trama. O problema fica por conta da contradição: “Como assim você está noiva
logo no primeiro dia?” pergunta ele. Aham, meu amigo, boa questão essa de amor
à primeira vista.
A Ann amou os cristais de gelo... Eu também. |
O que mais me surpreendeu no filme, no entanto, é a força
das protagonistas quanto à sua feminilidade. Em nenhum momento uma das duas
precisou se tornar uma guerreira no sentido másculo da palavra. Fortes, obstinadas,
inteligentes e ainda por cima sensuais. Em uma das primeiras músicas, quando
Anna pensa que poderá ver o mundo externo mesmo que por um dia, ela joga com a
sedução para cima de um pretendente que ainda não conhece. Elsa faz a mesma
jogada com sua beleza depois, ao finalmente ter a liberdade em seu castelo de
gelo.
As duas vêem na liberdade recente não só a chance de fazerem
o que quiserem, que seria o óbvio, mas também de crescerem como pessoas. E aqui
a música de Elsa, Let it Go (não achei o nome em português) faz MUITO sentido.
A garota, sem as amarras do segredo, passa a tomar decisões não por ter sido ensinada
a isso pelos pais, e sim porque acha que é o melhor. Vencer o seu medo se torna
então o último obstáculo, o que é poético, já que foi o primeiro.
Desde a Vampira uma mecha branca não era tão relevante. |
Como todo desenho Disney Frozen tem seus mascotes, na figura
dos trolls, parte importante do filme, de Sven, o “cachorro” de Kristoff, e do
engraçado Olaf. Vi a versão dublada e devo dizer que fiquei feliz em ver que
Fábio Porchat conseguiu dar ao boneco de neve um tom cômico sem forçar a barra
e sua voz combinou bem. Claro, não é no mesmo nível de dubladores
profissionais, mas vejo que poderia tranquilamente voltar para trabalhos
futuros. A dublagem de todos os outros ficou ótima, o único atravanque foi com
Hans, que na parte final do filme pareceu ter perdido a emoção na voz.
E tinha começado tão bem... |
Frozen não é o clássico máximo da Disney, nem me fez rir
mais ou chorar mais (Rei Leão ainda é o melhor nisso), mas com certeza é um
belíssimo filme que quero adicionar à minha dvdoteca (ou será Bluraioteca?). É
diversão pura.
PPS: Eita curta do Mickey que é quase um longa, sô!
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