domingo, 19 de janeiro de 2014

Primeiro cinema de 2014

Há algum tempo que eu precisava voltar a escrever aqui. E mais ainda ir ao cinema assistir algo divertido. Hoje, por conta de uma promessa pra Ann e praticamente inquisição da Ari (vocês VÃO ver Frozen, disse ela), lá estávamos nós assistindo a mais nova animação Disney. Bem, animado fiquei eu em escrever, já que corri pro computador pra colocar minhas impressões sobre o filme. E cá estão! Espero que, como eu, vocês também tenham curtido. Até já!


PS: Como a Ann disse, a Elsa é mó vilã no trailer... Ê propagandinha enganosa...

Frozen – Uma Aventura Congelante


Desde que a Pixar foi comprada pela Disney e John Lasseter passou a ocupar o topo da cadeia criativa, mudanças foram feitas nos dois escritórios. Se por um lado Valente foi o filme mais Disney que a Pixar já produziu, os animados da Disney ganharam mais características da Pixar, e não estou falando só do visual em CGI. Frozen, que trás não uma, mas DUAS novas princesas para a casa, é uma demonstração do potencial que a empresa ainda mantém.

Muito adoráveis... Mas ok, a Elsa é muito diva.
Em primeiro lugar, um recado a quem não viu ainda o filme: Fuja do Tumblr, praticamente TODAS as cenas já foram postadas por lá e ainda peguei a reviravolta-mór do filme antes de vê-lo, o que não tirou a emoção de ir ao cinema. Mais de uma hora e meia passou rapidamente e me empolguei em cada cena, mesmo quando o filme parecia que viraria um musical de tantas sequências cantadas.

E mais, adorei os personagens principais, algo que já tinha acontecido em Enrolados e dificilmente antes disso (qualé, nem sempre dá pra curtir o par da protagonista). Cada um deles tem suas características bem exploradas e tanto Anna quanto Elsa mereciam o cargo de protagonistas. A história, aliás, dá as duas o mesmo peso, uma confirmação disso. Enquanto cabe a Anna trazer a irmã de volta, salvando não só ela como todo o reino, Elsa precisa aprender a controlar os poderes não pelos outros mas por si mesma.

Uma coisa é verdade: A magia da Elsa é estilosa.
E Kristoff é quase tão relevante em cena quanto Flynn Rider era no outro filme citado. Seu temperamento de ermitão (o que não é verdade no fim das contas), sua audacidade diante de grandes perigos e seu humor fazem bem à trama. O problema fica por conta da contradição: “Como assim você está noiva logo no primeiro dia?” pergunta ele. Aham, meu amigo, boa questão essa de amor à primeira vista.

A Ann amou os cristais de gelo... Eu também.
O que mais me surpreendeu no filme, no entanto, é a força das protagonistas quanto à sua feminilidade. Em nenhum momento uma das duas precisou se tornar uma guerreira no sentido másculo da palavra. Fortes, obstinadas, inteligentes e ainda por cima sensuais. Em uma das primeiras músicas, quando Anna pensa que poderá ver o mundo externo mesmo que por um dia, ela joga com a sedução para cima de um pretendente que ainda não conhece. Elsa faz a mesma jogada com sua beleza depois, ao finalmente ter a liberdade em seu castelo de gelo.

As duas vêem na liberdade recente não só a chance de fazerem o que quiserem, que seria o óbvio, mas também de crescerem como pessoas. E aqui a música de Elsa, Let it Go (não achei o nome em português) faz MUITO sentido. A garota, sem as amarras do segredo, passa a tomar decisões não por ter sido ensinada a isso pelos pais, e sim porque acha que é o melhor. Vencer o seu medo se torna então o último obstáculo, o que é poético, já que foi o primeiro.

Desde a Vampira uma mecha branca não era tão relevante.
Como todo desenho Disney Frozen tem seus mascotes, na figura dos trolls, parte importante do filme, de Sven, o “cachorro” de Kristoff, e do engraçado Olaf. Vi a versão dublada e devo dizer que fiquei feliz em ver que Fábio Porchat conseguiu dar ao boneco de neve um tom cômico sem forçar a barra e sua voz combinou bem. Claro, não é no mesmo nível de dubladores profissionais, mas vejo que poderia tranquilamente voltar para trabalhos futuros. A dublagem de todos os outros ficou ótima, o único atravanque foi com Hans, que na parte final do filme pareceu ter perdido a emoção na voz.

E tinha começado tão bem...
Frozen não é o clássico máximo da Disney, nem me fez rir mais ou chorar mais (Rei Leão ainda é o melhor nisso), mas com certeza é um belíssimo filme que quero adicionar à minha dvdoteca (ou será Bluraioteca?). É diversão pura.

PPS: Eita curta do Mickey que é quase um longa, sô!

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